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Esqueça tudo sobre ônibus, conheça o Leap

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Carro? Que nada. Em São Francisco, o Leap começou a circular e é de fazer inveja na viagem ao trabalho de qualquer um. (Foto: divulgação)

Esqueça tudo o que você sabe sobre andar de ônibus.

Em São Francisco, palco da inovação mundial, começou a circular nas ruas um novo modelo de transporte coletivo totalmente diferente de tudo que você já viu e ouviu falar. É o Leap, serviço que oferece tudo que os passageiros precisam pra se deslocar pela cidade com conforto, comodidade, tecnologia e, claro, estilo.

Mas estilo é, de fato, o que menos importa. O Leap opera numa lógica obvia e ao mesmo tempo brilhante: trata os passageiros como clientes sob todos os aspectos. Vamos dar uma olhada.

O interior de cada veículo, movido a gás natural, foi redesenhado por completo – o Leap é praticamente um escritório sobre rodas, com internet wifi, entrada USB, assentos em diversas posições, mesinhas e inclusive lanchinhos à venda, como sanduíches e água de coco.  Por exemplo, existem três diferentes áreas para sentar no ônibus. Uma delas fica na parte traseira, como uma sala de estar para os amigos; outra é um balcão com espaço para laptops e a outra como nos ônibus convencionais, com bancos projetados para a frente.

É só ver este vídeo (55 segundos – ligue o áudio!) pra “babar” no serviço:

 

A proposta é levar as pessoas ao trabalho sem estresse e com conforto. A primeira rota em operação vai do distrito Marina até o centro com somente oito paradas pelo caminho – o objetivo é garantir agilidade. O Leap opera com intervalos de 10 a 15 minutos em dois turnos: pela manhã, 7h às 10h; e pela tarde, das 17h às 20h.

Um veículo confortável não é suficiente, no entanto, se a espera for longa e não houver confiabilidade. Por isso, o aplicativo do Leap informa onde o ônibus está, qual o ponto mais próximo e quantos assentos estão livres. O pagamento também é feito com o smartphone, num preço um pouco salgado, em planos que variam de 4 a 7 dólares por passe – pensando na experiência oferecida não é tanto assim, vai? A tarifa de ônibus convencional na cidade é de dois dólares.

 

(Foto: Divulgação)

(Foto: Divulgação)

Ponto de ônibus Leap. (Foto: Divulgação)

Exterior do ônibus. (Foto: CNN Money)

O que o Leap nos ensina sobre qualidade no serviço

Atrair usuários para o transporte coletivo por ônibus é crucial para trazer mais eficiência ao uso do espaço urbano, reduzir as emissões de gases de efeito estufa e aliviar congestionamentos, o que impacta toda a sociedade com ganhos sociais, econômicos e ambientais, principalmente num ambiente viário onde as vias são segregadas para o ônibus, evitando o tráfego misto.

No Brasil, por exemplo, houve uma redução de 24% na quantidade de usuários transportados pelo transporte coletivo por ônibus entre 1994 e 2011. E uma das principais razões para isso, aponta a Confederação Nacional da Indústria, foi a queda na qualidade do serviço oferecido, seguida pelo incentivo da compra de automóveis particulares.

Por esses e outros fatores, a gestão municipal e os operadores de transportes têm sobre os ombros o peso de garantir qualidade no serviço. É o que o Leap está praticando ao tratar seus usuários como verdadeiros clientes. Ao fidelizá-los, evitam viagens motorizadas na cidade.

Mas como medir a qualidade do serviço? Aproximando-nos do cenário brasileiro, uma ferramenta disponível é a Pesquisa de Satisfação QualiÔnibus – elaborada pela EMBARQ Brasil (produtora deste blog) com patrocínio da FedEx. A Pesquisa, já aplicada por cidades como Curitiba (PR), Joinville (SC) e Belo Horizonte (MG), avalia 16 fatores de qualidade que geram dados quantitativos para basear a tomada de decisão em relação ao sistema de transporte coletivo por ônibus. As informações servem de base para intervir nos pontos mais críticos do sistema na percepção dos clientes, iniciando um processo de gestão e melhoria baseado no ponto de vista do usuário.

São Francisco exporta muita tecnologia, aplicativos e boas ideias para mundo todo. Foi lá, por exemplo, que Steve Jobs criou seu primeiro computador, e o resto da história você já conhece. Lá também nasceu o Instagram, uma verdadeira febre mundial. Sem falar no Vale do Silício e suas startups que são praticamente parques de diversão voltados à inovação e criatividade.

A inovação na forma de oferecer transporte coletivo está só começando e torcemos para que mais ideias “fora da caixa” também surjam por aqui.


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